Vivemos em uma era que grande parte dos jovens sente-se precionados a fazer um curso superior. Porém, a maioria dos que ingressam nas universidades ainda não tem certeza sobre a escolha do curso que fizeram. Há um grande número de relatos informais sobre a superficialidade durante a graduação, isso faz com que os alunos vão para a faculdade apenas sentindo-se na obrigação de cursar disciplinas obrigatórias e não se envolvem com projetos de pesquisa e extensão. Até mesmo no final do curso muitos ainda não possuem ideia da dimensão do curso que fazem e a amplitude das áreas que são capazes de atuar, gerando profissionais despreparados para o mercado de trabalho devido a pouca experiência.
Diante desse problema observamos a importância de uma experiência externa às disciplinas obrigatórias. O fato é que a maioria dos alunos iniciantes no curso de Ciências Biológicas não sabem, mas a participação em um projeto de pesquisa é uma oportunidade de não só se encontrarem quanto alunos, mas também de definir caminhos pelos quais podem trilhar profissionalmente e assim verem mais sentido e aplicabilidade nas matérias obrigatórias da graduação. Isso foi o que aconteceu comigo. Quando chegou a hora de prestar vestibular, eu como muitos, não tinha certeza se esse era o curso que me faria realizada. Me inscrevi no curso de Biologia, as aulas começaram, mas eu não via muito sentido no porque estudar todas aquelas matérias tão aleatórias, o que me deixava muito desmotivada. O primeiro período acabou e eu resolvi buscar um estágio. Nesse ponto eu não sabia muito bem com o que queria trabalhar. A primeira tentativa foi falha. Eu não me identifiquei com a linha de pesquisa e acabei procurando por um outro estágio pouco tempo depois. Foi quando conheci o Laboratório de Limnologia.
O laboratório me trouxe muitas oportunidades, entre elas trabalhar com pessoas mais experientes (o que é muito vantajoso para um aluno de graduação), também pude aprender no trabalho de campo e nas análises de laboratório, o que me proporcionou realizar atividades na Amazônia.
Imagem 1: Atividade de campo no Lago Batata e triagem em laboratório
Esta foi uma das melhores experiências da minha vida, pessoal e profissionalmente, poderia até escrever sobre isto em um outro post, pois ainda há muito a ser dito, mas voltando ao assunto. Foi neste momento que eu tive a certeza de que fiz a escolha certa, e a partir daí, pude ver a graduação com outros olhos porque tinha encontrado algo que eu algo que eu amo fazer. Então, todas as disciplinas em que eu não via sentido, passaram a valer a pena porque me ajudaram a chegar até ali. Desta forma, a meu ver, a inserção em um projeto de pesquisa ou extensão, é um divisor de águas na vida de um aluno, porque mostra os caminhos pelos quais ele pode andar e se encontrar além do obrigatório, e mais, mostra que ele pode chegar muito mais longe se aproveitar as oportunidades que os projetos de pesquisa proporcionam.
Autores: Amanda Batista Vitório e Mariana Andrade
Amanda e Mariana, parabéns pelo post. Vocês captaram a essência do estar no campo e percebo que aproveitaram esta experiência para iluminar vossos caminhos. Que bom!
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By: rbozelli on julho 20, 2017
at 11:13